terça-feira, 5 de novembro de 2019

5- PARA AQUELES QUE GOSTAM DE LENDAS


Contam os esotéricos que os Cavaleiros Templários, (que se estabeleceram sobre as ruínas do templo de Jerusalem durante 60 anos), quando fracasaram todas as Cruzadas, exceito a Ibérica, e viram-se obrigados a retornar á Europa, trouxeram con eles dois grandes conhecementos:



O Primeiro: explorando aquelas ruínas descubriram a arte sagrada de construir templos, que, segundo a Bíblia, Deus ditaría ao sábio Salomão


O Segundo: convivendo todo aquele tempo em Palestina com a grande variedade de culturas e religiões que habitavam naquel espaço, os membros da alta hierarquía da Ordem do Templo, (que, en principio, apenas foram católicos rigidamente fundamentalistas, consagrados a serem o braço armado do Papa de Roma), puderam fazer uma reciclagem de todo aquilo que de melhor e máis sabio tiñan todas as religiões que viam ao seu redor e, depois, fazer uma síntese do que era o essencial e importante em todas elas, além das formas e das políticas.


 Aquilo mudou completamente as conceições religiosas dos dirigentes templários. Porém, tiveram que oculta-lo, para não parecerem heréticos.



Correu a nova de que, com o Primeiro Conhecemento e com as riquezas acumuladas pela Ordem, os Templários retornados promoveram a construção  de Catedrais Góticas. Europa encheu delas em só outros 60 anos.



Como tecnología sagrada, o Gótico, comparado com o Românico, (o estilo que precisamente o antecedera), não era o equivalente a passar de um carro Ford modelo T dos inícios do século XX para um Toyota dos inícios do século XXI, não. Era, na verdade, como passar do modelo T para um navio espacial.


Para conseguir aquela enorme evolução, a ápice da Idade Media, os Cavaleiros promoveram uma Fraternidade de Companheiros Construtores de Catedrais organizada en grémios, nos quais os segredos de ofício eram transmitidos só aos discípulos mais merecedores e confiáveis, en cámaras de graus hierárquicos ascendentes.
http://www.catedralesgoticas.es/eni_templarios.php


Foi assim que os Templários, que já eram uma Ordem Iniciática, criaram uma outra para os seus Companheiros  Construtores que, com o tempo, viria a se deturpar, dando origem à Maçonaria, cujos graus dirigentes, em adiante, já não buscariam outra coisa, de início, que a vingança contra a Monarquia, o Papado e a religião tradicional, (os responsáveis da destruição da Ordem Templária) e, após disso, a conquista econômica, cultural e política do mundo, construindo estruturas secretas de poder globalista. 


http://www.catedralesgoticas.es/eni_canteros.php

    Com o Segundo Conhecimento, os Cavaleiros de alto grau viram-se obrigados, ao serem ampliadas as suas mentalidades, a tornar-se cada vez mais cautelosos e iniciáticos, uma vez que o seu chefe continuava a ser o mesmo Papado ciumento  e muito reacionário.


Mas não foi apenas essa a razão. Ao retornar à Europa, eles redescobriram  também o que havia de essencial na própria cultura ancestral dos seus antepassados, a anterior, inclusive, à romana e à grega. Chegaram à compreensão do sentido de muitos rituais e lugares de poder do passado, tanto celta como ainda muito mais antigo, do qual conservavam bastante memória as tradições dos camponeses da sua época.


E, claro, descobriram o sentido do Caminho das Estrelas pré-cristão… e converteram-se em seus guardiões, sob uma fachada completamente cristã. Se bem que, na realidade oculta, praticassem o sincretismo, sobre todo, quando a jerarquía dos seus membros já  passava bem por acima dos graus básicos da Ordem.



 Descobriram-se no cemitério de Santa Maria de Noia duzentas lápides de pedra que jamais serviram para enterrar alguém. Todas elas estão marcadas pelos signos de algumas das distintas fraternidades de ofícios medievais. As tradições esotéricas contam que, antes de receber os graus mais altos – o grau 33 passou a ser o grau de Cavaleiro Templário – os mestres de ofício tinham que fazer o Caminho das Estrelas até às praias do Fim do Mundo, tal como tinham feito os homens e as mulheres buscadores de conhecimento das antigas tribos europeias. 


Cabe ressaltar que Galiza é um bloco enorme e antiquíssimo do mais compacto granito do mundo. A melhor escola, portanto, para um mestre pedreiro.

 As tradições esotéricas dizem, ainda, que Noia foi fundada por Noela, filha de Noé, mãe da primeira civilização que surgiu após o dilúvio, o qual fez morrer debaixo das suas águas o velho ciclo corrupto  da Humanidade e depois deu à luz o novo ciclo, com os sobreviventes.


 Transmitiu-se como lenda, também, que os construtores iniciados chegavam à igreja templária de Santa Maria de Noia onde eram acolhidos pela Fraternidade. 

Cada um deles lavrava para si uma lápide em granito galego, porém, não colocava o seu nome nela, mas sim o signo do seu grémio, porque aquele era um ritual de morte do ego. O iniciado deitava-se num sarcófago, os fraters cobriam-no com a lápide por ele previamente lavrada, e ele passava toda uma noite lá dentro, meditando, visualizando na sua mente o filme dos seus mais intensos momentos de Vida com maiúscula.

No dia seguinte, os fraters retiravam a lápide, o companheiro iniciado caminhava até à praia e  desenhava na areia o caminho labiríntico dos seus setenários de vida, ou então o gravava sobre uma rocha. 


Depois de ter feito com lucidez a sua reciclagem dos Altos Momentos de Vida e de ter agradecido, honrado e perdoado ao resto dos atores que o acompanharam no cenário específico da sua aprendizagem, já podia reconhecer qual era a classe de vibração que mais se tinha repetido nos seus grandes saltos de consciência, o que lhe facilitava, finalmente, definir a sua pessoal vibração-síntese.

Para os setenários que ainda lhe restassem por viver na trilha do Labirinto da sua vida, já estava claro para o iniciado que a única coisa a que lhe interessava aspirar era a continuar a vivenciar momentos que tivessem como tónica a sua vibração-síntese pessoal, e a não mais perder o precioso tempo da sua encarnação em projetos dela desprovidos e, portanto, alheios a si.


 CONCRETIZANDO:


Todos os antecedentes até agora referidos são puras tradições, símbolos, mitos, lendas, supostas afirmações ou revelações impossíveis de provar, tal como sucede com as religiões. E não faltam estudiosos  que rebatem o mito dos templários  promotores de catedrais, o que o faz, quanto menos, discutível. 

O sentido crítico é o maior talento de uma pessoa inteligente, sempre que a leve a alguma idéia construtiva, e não à paralise do ceticismo. Não pode-se estar de volta de tudo antes de ter partido em procura de alguma possibilidade.


O más saboroso desta viajem é conversar degostando um vinho com os velhos galegos mais faladores. Os galegos, antes da Era Digital, eram alimentados, desde crianças, com mitos e lendas antiquíssimas, que parecem Historia. 

Eles as gozam e as têm em conta, porém, com um ceticismo saudável, que deixa aberta uma possibilidade de procurar: ”… Eu não acredito nessas coisas –dizem com um sorriso médio irônico, como desculpando-se- ... Porém, have-las, hai-las…-

Lendas e mitos dão boas histórias, mas o que importa  é a essência do assunto.

E o assunto que interessa nesta peregrinação é o peregrino encontrar a sua própria essência no seu interior, para iniciar desde ela um novo ciclo.

A viagem meditativa é uma ótima preparação, o resto é produto de uma reflexão profunda. Fazer um esquema do seu próprio caminho de vida é excelente  para reciclar as experiências mais marcantes e procurar encontrar a sua vibração-síntese comum.


 Porém, nos dias que correm, com os Caminhos e albergues cheios de puros turistas, os rituais antigos (como deitar fogo às velhas roupas do caminhante, ou encher os areais com desenhos personalizados  ou, ainda pior, gravar labirintos sobre as rochas, como faziam os ancestrais), podem acabar com a beleza natural da Costa da Morte e do Renascer.  

 Por isso, A PRIMEIRA COISA QUE AQUI LHE RECOMENDAMOS, é fazer a reciclagem e a síntese sobre os desenhos de labirintos que este livro contém. Exclusivamente. O BOM CAMINHANTE NÃO DEIXA ATRÁS DE SI OS RESTOS CONTAMINANTES DOS SEUS EGOS


A SEGUNDA COISA QUE LHE RECOMENDAMOS, É NÃO MOSTRAR A NINGUÉM, NEM AOS SEUS SERES QUERIDOS, OS SEUS LABIRINTOS  PERSONALIZADOS, NEM SEQUER LHES CONTAR  QUAL É A SUA VIBRAÇÃO-SÍNTESE DESCOBERTA.

Guarde esses dados íntimos para si, como um segredo vital, e aplique tudo o que sabe sem falar do que sabe. (À Galega). 

Assim evitará ingerências de outras pessoas sobre o seu destino, com tanta consciência escolhido.

https://books.google.com.br/books?id=4vU1Go6oLBMC&pg=PA50&lpg=PA50&dq=LOS+TEMPLARIOS+Y+LAS+CATEDRALES+G%C3%93TICAS&source=bl&ots=Bx7ozzJM8P&sig=ACfU3U0oFiGha-CFL1yARTvOuWHksZ_Nvg&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwi9qvKFiN_kAhUqIbkGHeQVAS4Q6AEwEHoECAgQAQ#v=onepage&q=LOS%20TEMPLARIOS%20Y%20LAS%20CATEDRALES%20G%C3%93TICAS&f=false

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SOBRE O LABIRINTO:

 OBSERVE O LABIRINTO ÓCTUPLO AQUI DESENHADO. Ele é uma trilha EM FORMA DE OITO, com 110 Estações de Consciência, REPRESENTADAS NAS 110 CARTAS-GUIA. 


A Estação 104 é a mesma Estação 0, porque cada ciclo completo termina no mesmo lugar onde começou: OUROBOROS, a serpente que morde a sua própria cauda.


Cada número também representa o correspondente a esse preciso ano da sua encarnação física. 




Inclusive, estão nele representados os anos que lhe são prévios.  De 0 a 06, os anos da sua preparação formam parte da sua historia pessoal, porque você é só a ponta externa do iceberg da sua linhagem, que preparou a sua vinda e que vive grupalmente como sendo própria essa ampliação da mentalidade do inconsciente coletivo, à qual você chama a sua evolução pessoal.

Ninguém está separado de entidades maiores o menores neste Cosmos onde Tudo é um, somos como bonecas russas, uma dentro de outra.

 O Labirinto está dividido em setenários, cada um representado com diferente frequência e cor.

A RECICLAGEM SE REALIZA SOBRE CADA UM DOS CICLOS DE SETE ANOS DA SUA VIDA NESTE CORPO. REALMENTE, SEU ÚLTIMO CICLO FÍSICO COMEÇA AOS 92, MAS NÃO TERMINA AOS 98, PORÉM, QUANDO ACABAR A VIDA DO SEU CORPO.
NÃO IMPORTA SE VOCÊ VAI CHEGAR, OU NÃO, AOS 110 ANOS FÍSICOS, OU ATÉ SE CHEGA A VIVER MAIS QUE 110 ANOS.

 O último setenário, entre as Estações 99 a 103, está, na verdade, fora do tempo físico, essas cartas só descrevem A SEIÇÃO OU SEIDADE (valha a palavra inventada, que significa O SEU ESTADO DE SER O SER,) o DASEIN de Heidegger, O ICHINEN do Zen japonés, o TAO chinés, a sua consciência, quando se identifica e fusiona intensamente com a energia que da manifestação e vida ao Cosmos desde a Negra Sombra Original, a Coroação e Realização do peregrino, não importando se você ainda conserva o seu veículo corporal ou não. O único que importa é que a sua consciência  deixe de estar condicionada e velada por ilusões emocionais ou mentais.


Livre do desejo você pode ver o mistério

Preso no desejo você vê apenas as manifestações

No entanto mistério e manifestações surgem da mesma fonte

Essa fonte é chamada Escuridão

Escuridão dentro da Escuridão

O portal para todo o entendimento.


(Tao-Te Ching)


(O Tao,  ou O CAMINHO, na China, é o conhecimento intuitivo da vida que não pode ser apreendido como um conceito racional, mas pode ser conhecido, no entanto, através da experiência da vida quotidiana real)


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Observou que faltam dois números após o 103 para completar as estações do setenário. Isto é assim porque eles referem-se a dois estados do Ser que se encontram completamente fora da nossa atual imaginação e compreensão humana:


-O ESTADO “FONTE MANIFESTADORA”

-E O ESTADO “NÃO MANIFESTADO” DO SER.



110 ESTAÇÕES, 16 SETENÁRIOS,  um deles, prévio, de Preparação, outro, o último, um ciclo de Seição fora do tempo, SIGNIFICAM A CULMINAÇÃO DE UM CICLO NATURAL.

SE VOCÊ OS CONSEGUIR SUPERAR, quer no corpo físico com o qual nasceu, quer através de uma técnica cyborg ou criada mediante uma genética trans-humanista, você deve considerar que a sua consciência deixou para trás o ciclo anterior e que já está a navegar num novo ciclo.

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COMO TODAS AS OBRAS ARTÍSTICAS, ESTE LABIRINTO EM FORMA DE OITO ESPIRAL EM TORÇÃO SURGIU DE UMA INSPIRAÇÃO INTERIOR, E NÃO DE UM ESTRITO, CALCULADO E RIGOROSO DESENVOLVIMENTO  LÓGICO.

Toda a inspiração CO-CRIADORA parte de dados já conhecidos e estes foram, para o autor, os petróglifos labirínticos achados nas suas Rías Galegas natais, muito especialmente o Labirinto de Mogor, na de Pontevedra.

De alguma maneira, a inspiração (surgida no decurso de um trabalho xamânico na Floresta Amazônica do Brasil) desenvolveu esse Labirinto  em DOIS CICLOS ENLAÇADOS e criou o labirinto em forma de oito que, imediatamente, fez o autor pensar nas estruturas em  forma de parafuso tridimensional em que se desenvolvem, girando, as correntes do ÁCIDO DESOXIRRIBONUCLEICO, O  FAMOSO ADN QUE CONTÉM AS NOSSAS INFORMAÇÕES GENÉTICAS.



Isso pode explicar porque é que a informação da capa frontal de cada carta do Labirinto corresponde-se com a informação da parte de trás da mesma carta, que tem o número seguinte, e que devem ler-se as duas, já que são conceitos arquetípicos opostos-complementares, quando não um conceito como sendo a conseqüência do outro.

OBSERVE QUE, tal como no Tarô (outro dado anterior sobre o qual a inspiração do artista jogou livremente, sem querer fazer um Tarô Clássico, nem seguir as suas regras), nestas cartas há Arcanos ou Estações Maiores ou Menores.

Todas as Estações Menores correspondem a Etapas Geográficas do Caminho de Santiago Português em dois ciclos ou volutas do oito, antes e depois de atravessar o rio Minho, que faz de raia fronteiriça entre Portugal e a espanhola Galiza.


   Dois labirintos enlaçados, nos quais existe a tridimensionalidade em parafuso que supõem as diferentes opções que o peregrino pode escolher, nomeadamente, o Caminho Central ou Interior, ou o Caminho da Costa, o Caminho das Rías, a Variante Espiritual e a Translatio.


As Estações Maiores representam Estados de Consciência que o peregrino deveria cultivar e regar com maior atenção quando essa carta aparecer.






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